palavras de fogo... ardo primeiro, escrevo depois...
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
eco
Pode tocar. Sim, pode gritar também. Por favor, tenta arrancar pedaço daquela que já não existe mais: eu. Viu só? Já não ficam marcas. Já não sangro mais. Oco. Vazio. Eco.
Eu não sou forte,
nem independente,
nem auto-suficiente.
Eu sinto falta das minhas renúncias
e as vezes não gosto do caminho,
nem da paisagem,
nem da solidão.
Eu não sou assim,
essa imagem no espelho.
Eu sou o que se esconde atrás,
sou DESEJO, sou medo e outras mais
que ninguém vê.
Eu sou aquela
que carrega o mar por dentro,
chovo o tempo todo
e o sal que escorre pelo meu rosto
nunca me basta.
Eu sou a estátua que chora
e acena
com as mãos quebradas...
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