terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
tempo
Sinto muito, mas eu não posso falar de outra coisa, sim, nada para contar.
Não posso falar sobre o tempo em Barcelona, há dias não sei o que é a luz do sol.
Bom, e talvez sobre política? Não, lamento novamente. Até gosto do tema, mas não sei o que acontece fora das paredes do meu quarto.
Eu só posso falar de mim. Desse poço infinito de tristeza, dessa dor absurda que pulsa no meu peito, dos meus olhos já queimados dessas lágrimas com gosto de mar.
Eu só posso falar do medo que sinto, quando vejo minha imagen distorcida nesse espelho em ruínas.
Eu só posso te dizer que agora eu sofro, que me agarro numa esperança que me arranha os braços e me faz sangrar.
Os meus sete anos de azar já se acabaram, nem me lembro quando.
Vai ver que o tempo-rei não sabe contar…
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
nada disso
É, vai ver que é só tristeza. Uhum, vai ver que é só isso.
Talvez eu tenha que aprender a juntar os pedaços. É, pode ser que seja isso.
Bom, também pode ser que eu esteja cansada. Aham, é isso!
Pode ser tudo isso, só isso ou nada disso.
Ah, vai ver que eu tô mesmo confusa… Ou não é realmente nada disso…
eco
Pode tocar. Sim, pode gritar também.
Por favor, tenta arrancar pedaço daquela que já não existe mais: eu.
Viu só? Já não ficam marcas. Já não sangro mais.
Oco.
Vazio.
Eco.
Por favor, tenta arrancar pedaço daquela que já não existe mais: eu.
Viu só? Já não ficam marcas. Já não sangro mais.
Oco.
Vazio.
Eco.
{desenho by Victoria Francés}
sábado, 9 de fevereiro de 2008
ausência
Se é para falar de mim, eu fico quieta, desconverso mesmo. Não ando me reconhecendo no espelho mas o gosto amargo na boca segue o mesmo.
Quando soletro palavras mudas, a noite me abandona no meio da conversa, justo quando eu assumo que queria fugir, mas não sei para onde. O dia chega como quem não quer nada, e eu me escondo do sol atrás das minhas olheiras, tristeza sempre foi território seguro, aqui ninguém quer entrar.
Faz frio em Barcelona e os dias cinzas são bons para sair e não ser visto. O cachecol me protege do frio mas não consegue me proteger de mim mesma. Caminho ausente, contando lágrimas, quem sabe um dia esse inverno irá acabar. Para sempre.
Quando soletro palavras mudas, a noite me abandona no meio da conversa, justo quando eu assumo que queria fugir, mas não sei para onde. O dia chega como quem não quer nada, e eu me escondo do sol atrás das minhas olheiras, tristeza sempre foi território seguro, aqui ninguém quer entrar.
Faz frio em Barcelona e os dias cinzas são bons para sair e não ser visto. O cachecol me protege do frio mas não consegue me proteger de mim mesma. Caminho ausente, contando lágrimas, quem sabe um dia esse inverno irá acabar. Para sempre.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
domingo, 3 de fevereiro de 2008
é tão difícil
caminhar no escuro
quando tenho medo
de tudo aquilo
que não posso ver.
--> see the darkness here.
caminhar no escuro
quando tenho medo
de tudo aquilo
que não posso ver.
--> see the darkness here.
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